sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Deficientes visuais promovem evento sobre a acessibilidade

A Organização Nacional de Cegos do Brasil promoveu na manhã desta sexta-feira, 29 de janeiro, um debate sobre diversas questões ligadas à acessibilidade durante o Fórum Social Mundial. Participaram do evento em Canoas, cidade da Região Metropolitana de Porto Alegre, diversos especialistas no assunto, que levantaram possíveis soluções para os desafios diários de quem tem deficiência visual.
Um destes desafios é o acesso ao livro e à leitura em todo o mundo. O representante da Secretaria de Políticas Culturais do Ministério da Cultura, Rafael Pereira Oliveira, comentou o impasse entre o direito autoral e de propriedade intelectual, além do acesso às obras por portadores desta deficiência. De acordo com ele, há um tratado do governo federal proposto pela União Mundial dos Cegos para que os trabalhos de diversos gêneros possam ser reproduzidos no sistema braile quando não há fins comerciais, sem remuneração específica aos autores.
“Os interesses privados devem estar em igualdade com os direitos públicos. Entendemos que este é um marco importante dentro deste paradigma de propriedade individual”, ressaltou Oliveira. Segundo ele, o tratado prevê que além do sistema braile, as novas tecnologias com softwares específicos também possam ser utilizadas para ampliar o acesso dos cegos aos livros.
Além disso, há um decreto que está na Casa Civil que regulamenta a lei n° 10.753/03, instituindo a política nacional do livro. O artigo 46, que trata do direito autoral, prevê que a editora não tem obrigação de disponibilizar as obras para quem tem esta deficiência, o que deve ser alterado. “Estamos abrindo um artigo que irá facilitar o acesso a versões em suporte digital, com o mesmo preço das obras tradicionais nas livrarias”.
Para o representante do governo, o decreto ainda não foi assinado porque há muita pressão de interesses privados, embora outras frentes já estejam sendo providenciadas. “Em breve, os pontos de leitura e as bibliotecas comunitárias/estaduais terão que ampliar seu acervo em braile, o que contará como ponto positivo no momento da busca de incentivos federais”.
Um dos participantes da mesa, o argentino Pablo Leucoma, da União Mundial de Cegos, acredita que reivindicar este tratado é um grande passo dos governos no compromisso de disponibilizar o acesso ao livro e à leitura. “Os países da América Latina estão interessados em transformar esta realidade. Estamos sempre lutando para possamos ter mais acesso ao conhecimento e à cultura”.
Fonte: http://www.ecodesenvolvimento.org.br/noticias/deficientes-visuais-promovem-evento-sobre-a

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Fórum Estadual pela Melhoria das Bibliotecas Escolares: FURG


Fórum Estadual pela Melhoria das Bibliotecas Escolares
37ª Feira do Livro da FURG

Viva o livro – 28/01 a 07/02/2010

O FÓRUM GAÚCHO PELA MELHORIA DAS BIBLIOTECAS ESCOLARES tem a honra de convidar para o encontro mensal que realizar-se-à no dia 28/01/2010, às 14 horas na Fundação Universidade Federal de Rio Grande – FURG - CIDEC, com a seguinte programação:

BIBLIOTECAS ESCOLARES NA FEIRA DO LIVRO DE RIO GRANDE

14 horas - Abertura Oficial - com presença de autoridades do Conselho Federal de Biblioteconomia/CFB, Conselho Regional de Biblioteconomia/CRB-10, Universidade Federal do Rio Grande - FURG, Pró-Reitoria de Extensão e Cultura – ProExc, Instituto de Ciência Humanas e da Informação - ICHI, e Secretaria Municipal de Educação e Cultura – SMEC Rio Grande.

14h 30min - Biblioteca Escolar - Projeto Mobilizador - Resultados após um ano de mobilização - Conselho Federal de Biblioteconomia
Apresentação - Bibliotecária Nêmora Arlindo Rodrigues - Presidente do Conselho Federal de Biblioteconomia

15h 30min - Fórum Gaúcho pela Melhoria das Bibliotecas Escolares –
Apresentação - Bibliotecária Loiva Teresinha Serafini - Presidente do CRB-10 . Região
EBEA: Especialização em Bibliotecas Escolares e Acessibilidade (FABICO/UFRGS) - Relato de Experiência
Apresentação: Bibliotecária Kátia Soares Coutinho

16h 30 mim - Boas Práticas em Bibliotecas Escolares - A experiência da Secretaria Municipal de Rio Grande – Divisão de Bibliotecas
Bibliotecária Rosane Machado

17 h 30 mim – Programas da Secretaria Municipal de Educação
Apresentação Secretário Municipal de Educação Claudio Omar Nunes

18 h - Encerramento.

19h - Participação da Abertura da Feira do Livro, na praia do Cassino.

Informação e inscrições com Denise e Beatriz
Fones: (51) 3232-2880 ou (51) 3232-2856 (das 9h às 18h)
Emails: fiscaletica@terra.com.br ou crb10@terra.com.br
Blog http://forumbibliotecasrs.wordpress.com
Data: 28 de janeiro de 2010 – 14h às 18h
Local: CIDEC - FURG
Campus Carreiros – FURG
Rio Grande - RS
INSCRIÇÃO GRATUITA – Vagas Limitadas

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Escolas públicas e privadas devem ter bibliotecas


Os trabalhos parlamentares deste final de ano [2009] contemplaram a proposta da ex-deputada federal gaúcha Esther Grossi, para que toda a escola pública ou privada tenha, obrigatoriamente, uma biblioteca. O projeto foi aprovado por unanimidade pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara dos Deputados; mas, anteriormente, já havia obtido aprovação pela Comissão de Educação e Cultura, determinando que cada biblioteca tenha pelo menos quatro livros por aluno matriculado.

O projeto foi apresentado há seis anos, mas está atual e afinado com as diretrizes do Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL), que tem foco no melhor aproveitamento dos espaços educacionais, a exemplo de outros países. Nos EUA, por exemplo, a Associação Americana de Bibliotecas indica 10 livros por aluno em cada biblioteca (que é considerada um dos lugares mais propícios para difundir o interesse pela leitura).Apenas propiciar, mesmo que por força de lei, a instalação de bibliotecas em cada escola brasileira, não é suficiente, segundo o secretário executivo do PNLL, José Marques Neto, que, em 2008, coordenou a pesquisa "Retratos da Leitura no Brasil". Ele destacou que o desafio é criar uma ampla rede nacional de amparo às bibliotecas públicas.

A criação de ao menos uma biblioteca pública em cada município brasileiro é uma das propostas a serem financiadas pelo Ministério da Cultura (MinC), por meio do Fundo Pró-Leitura, cujo projeto de lei será encaminhado, em breve, pelo Executivo Federal. "Com a criação do Fundo, além de uma biblioteca em cada cidade brasileira, teremos também incentivos para estimular o hábito de leitura - essencial para incluir no mundo dos livros os atuais 73 milhões de não leitores", diz Fabiano Santos, diretor nacional de Livro, Leitura e Literatura, do MinC.

Informações sobre "Retratos da Leitura no Brasil" acesse: http://www.prolivro.org.br/ipl/publier4.0/dados/anexos/48.pdf