segunda-feira, 31 de maio de 2010

Lei prevê que bibliotecas de escolas sejam administradas por profissionais

A lei publicada na semana passada no Diário Oficial da União que obriga todas as escolas públicas e privadas a terem uma biblioteca também estabelece que o espaço deverá ser administrado por profissionais da área. Para a presidente do Conselho Federal de Biblioteconomia (CFB), Nêmora Rodrigues, esse detalhe faz toda a diferença porque sem a organização adequada a biblioteca fica subutilizada.

Segundo o Censo Escolar de 2009, 28,2% das escolas públicas do país contam com bibliotecas, atendendo a 53% das matrículas da educação básica. “Nós tivemos muito trabalho para aprovar uma lei que deveria ser o óbvio: todas as bibliotecas deveriam ser aparelhadas e contar com profissionais habilitados”, ressalta Nêmora.

Mesmo que a escola conte com o equipamento, é preciso profissionais capacitados para que o espaço não se transforme em um mero “depósito de livros”. “O profissional da área vai prestar serviços tanto na questão da organização de acervos quanto na promoção das atividades que atraiam os alunos para utilizar a biblioteca para ampliar os conhecimentos de sala de aula. Também é um ponto importante de acesso de informação para professores e a comunidade”, defende a presidente da entidade.

A lei estabelece que toda escola tenha um acervo de livros de pelo menos um título por aluno matriculado. O prazo para instalar as bibliotecas é de dez anos.

Fonte: http://crb8sp.blogspot.com/

terça-feira, 25 de maio de 2010

Sancionada lei que universaliza bibliotecas em escolas do país






EDUCAÇÃO

Sancionada lei que universaliza bibliotecas em escolas do país

25/05/2010


O Diário Oficial da União desta terça-feira (25) publica a Lei nº 12.244 que determina a instalação de bibliotecas em todas as instituições públicas e privadas de ensino do país.

De acordo com a Lei, “será obrigatório um acervo de livros de, no mínimo, um título para cada aluno matriculado, cabendo ao respectivo sistema de ensino determinar a ampliação deste acervo conforme sua realidade, bem como divulgar orientações de guarda, preservação, organização e funcionamento das bibliotecas escolares”. O prazo máximo para a instalação das bibliotecas, segundo a Lei, é de dez anos.

Além da universalização de bibliotecas, o DOU também publica a Lei nº 12.245 que autoriza a instalação de salas de aulas destinadas a cursos do ensino básico e profissionalizante nos presídios.

Clique aqui para ver a Lei nº 12.244

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Proposta de Integração entre Bibliotecas Escolares, Públicas e Comunitárias para Estímulo da Leitura

No dia 14 de maio do corrente foi realizado, no município de Osório, o Fórum Gaúcho pela Melhoria das Bibliotecas Escolares, promovido pelo CRB 10, na Câmara de Vereadores. O encontro propiciou o debate e a integração das bibliotecas escolares, públicas e comunitárias na inclusão social e o acesso à leitura, recebendo palestrantes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, do Instituto Federal do Rio Grande do Sul e outras entidades representativas.
As professoras Eliane Moro e Liza
ndra Estabel ministraram a palestra:
Proposta de Integração entre Bibliotecas Escolares, Públicas e Comunitárias para Estímulo da Leitura, disponível em: apresentação
.
Dentre os participantes do Forum pode-se destacar: o Prefeito Romildo Bolzan Junior, o Secretário de Educação Gil Davoglio, o Presidente da Câmara de Vereadores Ross
ano Teixeira, a Presidente do Conselho Regional de Biblioteconomia Loiva Serafini, a Coordenadora da 11ª CRE de Osório, a Bibliotecária Rosane Hammel (foto) da Biblioteca Pública de Osório , a Ver. Fernanda Melchionna de Porto Alegre, bibliotecários, professores, profissionais que atuam no Litoral Norte e outras regiões, acadêmicos do Curso de Biblioteconomia da FABICO/UFRGS, acadêmicos do Centro Acadêmico de Biblioteconomia, Arquivologia e Museologia (CABAM/UFRGS), do Curso Técnico em Biblioteconomia do IFRS Campus Porto Alegre e a comunidade local.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Como fazer sucesso e influenciar o destino

Escritores, professores universitários e especialistas repercutem dados de uma pesquisa que mostra que 35% dos brasileiros percebem que ler resulta em ascensão social

Marcio Renato dos Santos

Toda vez que perguntam qual a atividade que só proporciona benefícios, a psicóloga Norma Lucia de Queiroz, sem hesitar, responde: a leitura. A doutora Norma costuma dizer que até no leito de um hospital um leitor tem mais vantagens do que um não-leitor. Afinal, enquanto espera pela visita do médico ou da enfermeira, o sujeito com um livro nas mãos mergulha em outros mundos e, devido ao prazer que é transitar por enredos, a tendência é que a doença venha a ser superada com mais facilidade (do que se o paciente não estivesse lendo).

Que a leitura traz benefícios, ninguém duvida, nem mesmo aqueles que eventualmente venham a discordar de Norma, professora da Universidade de Brasília (UnB). A pesquisa Re­­tratos da Leitura no Brasil, divulgada há dois anos pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), detectou que, em meio a um universo de 172,2 milhões de brasileiros consultados (quase 92% da população naquele contexto), 35% diziam conhecer alguém que venceu na vida por meio da leitura – um novo levantamento será divulgado no segundo semestre.

Essa atividade solitária, que inclui o fechar a porta, e abrir espaço para o silêncio, tem cada vez mais prestígio – apesar de que, levando em consideração a mesma sondagem, cada brasileiro lê apenas 1,8 livro por ano.

O poeta Affonso Romano de Sant’Anna, antes de tudo um leitor, faz um desafio por meio de uma pergunta: cite um país desenvolvido que não tenha investido em cultura? Sant’Anna é mineiro, mora no Rio de Janeiro, mas viaja pelo país e conta que viu com os próprios olhos, no Ceará, o rendimento escolar se modificar para melhor depois da implementação de eficientes programas de leitura.

Leitura, enfatiza o poeta, no sentido mais amplo, como sugeria Paulo Freire (1921–1997). “Leitura que significa aprender a ler o mundo. Aprender, por exemplo, a ler o seu corpo e a ter menos doenças. Aprender os códigos da sociedade”, argumenta.

O discurso do poeta mineiro encontra ressonância nas falas que Alcir Pécora costuma enunciar em salas de aula na Univer­­sidade Estadual de Cam­­pinas (Unicamp). Ler, acredita Pécora, é um verbo que se conjuga aliado com educação eficiente e operante. “Quando o ensino é deficitário, o livro se torna índice de uma mitologia do ensino, não de ensino real. Nesse quadro, o livro ocupa esse lugar milagroso, mágico, de redentor de uma situação educacionalmente desestruturada”, comenta.

O livro, que deveria ser item da cesta básica, tem espaço pouco relevante na vida do brasileiro. Se houvesse tantas livrarias como há farmácias, o Brasil seria não apenas o país do presente (e não o do futuro), mas um “corpo” saudável. Eliane da Silva Moro acredita nisso.

Ela é professora do curso de Biblioteconomia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e entende que a leitura é muito mais do que mero trampolim para uma óbvia ascensão social. Quando um sujeito se torna um leitor, diz Eliane, esse sujeito passa a compreender o que é, onde está, e tende a deixar de ser passivo.

Ler é sim uma ação

Sant’Anna, que também já es­­teve à frente da Fundação Bi­­blio­­teca Nacional, associa leitura à ação e, mais que isso, tem uma tese a respeito do efeito das obras literárias. Os bons livros, os de indiscutível qualidade – os clássicos, por exemplo – são aqueles de alta e não de baixa ajuda. “Au­­toajuda é igual aspirina, não ataca as raízes da dor. Neste sentido, toda boa literatura é de ‘alta’ ajuda”, afirma.

O escritor e jornalista Felipe Pena é outro que faz apologia à leitura, ato que ajuda na formação, na informação, na capacitação, na humanização. “Se como diria Guimarães Rosa, ‘narrar é que é viver mesmo’, então ler é reviver, viver duas vezes, estar duas vezes mais preparado para a vida”, conclui Pena.

Fonte: Gazeta do Povo

terça-feira, 4 de maio de 2010

Inscrições para o Seminário Internacional de Leitura e Literatura estão abertas

A Secretaria Municipal da Cultura, por meio da Biblioteca Pública Municipal Dr. Demetrio Niederauer, organiza o “Seminário Internacional de Leitura e Literatura - Memória: da oralidade à escrita”. A abertura acontece na segunda-feira, 24 de maio, às 19h30min, com a palestra do Venezuelano Fernando Báez. O Seminário, que ocorre no Plenário da Câmara Municipal de Vereadores de Caxias, prossegue no dia 25 de maio, nos turnos da manhã e da tarde, com palestras e painel de debates.

Professor, pesquisador e escritor, o autor Venezuelano Fernando Báez, que mora atualmente em Caracas vem ao Brasil apenas para participar deste Seminário e abordará “A História Universal da Destruição dos Livros”. A palestra contará com tradutor.

O Seminário contará também com o Prof. Dr. Jayme Paviani, o escritor Delmino Gritti, a escritora e contadora de histórias Cléo Busatto, a chefe da Divisão de Obras Raras da Fundação Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, Ana Virgínia Teixeira da Paz Pinheiro, a Diretora da Biblioteca Pública do Estado do RS, Morgana Marcon, entre outras autoridades.

O evento tem o apoio da Secretaria Municipal da Educação (SMED), Maneco Livraria e Editora, Câmara de Indústria e Comércio e Serviços de Caxias do Sul, Prosilk e Posto da Júlio.

Para participar do Seminário é necessário se inscrever. A inscrição pode ser feita pelos telefones (54) 3221.1118 e 3214.6083.

Acesse: http://www.caxias.rs.gov.br/noticias/noticias_ler.php?codigo=12689

Biblioteca Parque de Manguinhos

Medellín, na Colômbia, era uma cidade marcada pelo narcotráfico e pela violência. Mas a partir de 2006, com a inauguração de Bibliotecas Parque – uma biblioteca com um parque para que os leitores possam usufruir da leitura ao ar livre – a cidade elevou o seu nível educacional, fator que contribuiu para a diminuição do índice de violência.
Inspirando-se nesse projeto, foi implantada em Manguinhos, no Rio de Janeiro, a primeira Biblioteca Parque brasileira, em um espaço de 3,3 mil m², que sediava o antigo Depósito de Suprimento do Exército (1º DSUP). Essa área foi totalmente urbanizada, e se transformou no local de maior concentração de equipamentos sociais em uma comunidade carente da cidade, um complexo com ludoteca, filmoteca, sala de leitura para portadores de deficiências visuais, acervo digital de música, cineteatro, cafeteria, acesso gratuito à Internet e uma sala denominada Meu Bairro, para que os usuários façam reuniões da comunidade.
Em entrevista ao blog Acesso, a secretária de Articulação Institucional do Ministério da Cultura e coordenadora do Programa Mais Cultura, Silvana Meirelles, explica melhor o projeto.


A Biblioteca Parque de Manguinhos será equipada com 40 computadores para internet livre, livros eletrônicos da Gato Sabido, 3 milhões de música em arquivo digital (do Imusica), 700 filmes em dvd, uma vasta coleção de quadrinhos e, sem esquecer dos livros, claro – são 25 mil títulos, pra começar.
O visual ganha ares modernos com o grafite digital da Superuber. Ou seja, vale a pena conhecer e apresenta um conceito que a gente já sabe, mas que pouca gente lembra: o de que bibliotecas são também espaços culturais. E o de que a leitura não precisa, necessariamente, ser em papel.
Todos os 28 funcionários da biblioteca são moradores da região e contratados pela Secretaria estadual de Cultura. Eles foram treinados para atender à todas as pessoas que visitarem o local.


segunda-feira, 3 de maio de 2010

Fronteiras do Pensamento: Miguel Nicolelis

O médico e cientista brasileiro Miguel Nicolelis, abre hoje, às 19h30min, o Fronteiras do Pensamento 2010, no Salão de Atos da UFRGS, na Avenida Paulo Gama, 110, na Capital.
O evento terá cobertura ao vivo pelo blog e twitter .

Nicolelis é um dos 20 maiores cientistas da atualidade, segundo a revista Scientific American. Forte candidato a trazer um Prêmio Nobel para o Brasil, é considerado referência mundial na pesquisa da interface entre o cérebro e os computadores (neuropróteses) — trabalho que integra a lista das "10 tecnologias que mudarão o mundo", segundo o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).

Ao ser questionado pela repórter Tatiana Tavares, do Jornal Zero Hora sobre o que diria para um estudante universitário que quer se dedicar à pesquisa científica?

Nicolelis respondeu: – Falo isso sempre para os meus alunos: o fator mais importante dessa decisão é acreditar no próprio taco, acreditar em si mesmo, nos próprios sonhos. Se os sonhos forem sonhados com suficiente perseverança e paixão, não há nada que impeça um indivíduo de realizar aquilo que ele quer. Esse é o único conselho que eu posso dar: que as pessoas acreditem em si mesmas e nos seus sonhos, não importa quão impossíveis eles possam soar e quanto as pessoas possam dizer que eles são impossíveis. Se a gente for imaginar o que os indivíduos já conseguiram fazer e de onde eles vieram, tudo seria impossível. Meu pensamento é que todos devem acreditar em si. Não acreditar em si mesmo foi, por muitos anos, o grande fator limitante do Brasil.


E na Folha de São Paulo: O sr. acha que o Brasil terá condição, no futuro, de oferecer um mercado profícuo para essas crianças?

Nicolelis - Essas crianças vão mudar o Brasil. Não queremos criar cientistas. A minoria vai ser cientista. Essas pessoas vão ser educadas com uma série de valores éticos, humanísticos e de pensar na sua comunidade, no seu país, em vez de que pensar em si próprio. Nós vamos criar um tipo de cidadão que vai querer ser um agente de transformação social no Brasil. Serão advogados, médicos, professores, arquitetos, enfermeiros. Vão trabalhar nos mais diversos setores da sociedade brasileira, com uma visão de se construir uma nação, de se construir uma sociedade mais justa.

Folha - O sr. se acha utópico?

Nicolelis - Eu tenho absoluta certeza. O diagnóstico está fechado há muito tempo. Irremediável, intratável e irreconciliável


Acesse a entrevista na íntegra: Jornal Zero Hora

domingo, 2 de maio de 2010

Bibliotecas Públicas serão modernizadas


As bibliotecas públicas brasileiras devem passar por um intenso processo de modernização. O Ministério da Cultura (MinC)vai investir R$ 30,6 milhões em 300 bibliotecas para troca de equipamentos, para adequação do local e do acervo, e para o atendimento a pessoas portadoras de deficiência. Além disso, serão construídos espaços novos em distritos, bairros periféricos ou zonas rurais. A verba estará disponível a prefeituras e governos de estados que podem apresentar seus projetos, pleiteando uma verba que varia de R$ 85 mil a R$ 115 mil, por meio do Edital Mais Cultura de Apoio às Bibliotecas Públicas. As inscrições vão até 15/06.

O aperfeiçoamento de políticas públicas voltadas à melhoria e valorização das bibliotecas públicas brasileiras baseou-se no Censo Nacional sobre o assunto. Segundo o levantamento, 420 cidades não têm Biblioteca Pública Municipal (BPM). Nesses locais, elas foram fechadas ou nunca existiram.

A pesquisa mostrou uma situação mais tranquila para o RS, apontado como o estado que tem mais municípios com bibliotecas (86%) que a média nacional (79%).

O MinC - por meio da Fundação Biblioteca Nacional e em parceira com as prefeituras - promoverá a implantação ou reinstalação desses espaços, com a distribuição de kits com acervo de 2 mil livros, mobiliário e equipamentos, no valor de R$ 50 mil cada. O total investido no Rio Grande do Sul será de R$ 900 milhões. Na região Sul, 67 municípios receberão os kits, sendo 18 no Estado. As cidades às quais não serão dados livros já estão reabrindo ou implantando suas bibliotecas.

A REALIDADE GAÚCHA:

O Sul tem uma média de 4,06 bibliotecas por 100 mil habitantes.

O município gaúcho com maior número de bibliotecas por 100 mil habitantes é Rio Grande (2,03) - 4 no ranking nacional.

O pior índice do Estado é o da cidade de Caxias do Sul (0,24).

O RS tem a maior quantidade de BPMs com acervos superiores a 10 mil volumes no Sul do país (36%). A média brasileira é de 25%.

Quem mora no Estado faz menos empréstimos de livros (293/mês) que as médias regional (351/mês) e nacional (296/mês).

Os gaúchos não disponibilizam do serviço aos domingos. A maioria dos estabelecimentos funciona de dia, de segunda a sexta-feira (99%).

O RS é o que tem menos bibliotecas com Internet no Sul (60%). Perde para SC (87%) e para o PR (62%).

Só em 36% das BPMs os usuários têm acesso à Internet. Mas o valor é maior que a média brasileira (29%).

Fonte: Jornal Correio do Povo