sábado, 30 de outubro de 2010

Palestras: Fórum de Bibliotecas Escolares na 56ª Feira do Livro de Porto Alegre

No dia 29 de outubro, na 56ª Feira do Livro de Porto Alegre, foi apresentado pelas pesquisadoras do Grupo de Pesquisa LEIA o Plano Municipal do Livro e Leitura - Ações para sua implantação. A seguir, os links para as apresentações, em ppt, das palestras:

Plano Municipal do Livro e Leitura - Ações para sua implantação – com guia prático de implantação do PMLL
Profa. Dra. Lizandra Brasil Estabel (LEIA/FABICO/UFRGS e IFRS)
Profa. Dranda. Eliane L. da Silva Moro (LEIA/FABICO/UFRGS)
[Apresentação]

Projetos: como participar de Editais para obtenção de Recursos Públicos
Profa. Dranda. Maria do Rocio F. Teixeira (LEIA/FABICO/UFRGS)
[Apresentação]



quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Fórum de Bibliotecas Escolares na 56ª Feira do Livro de Porto Alegre

A 56ª Feira do Livro de Porto Alegre, considerada a maior Feira do Livro a céu aberto das Américas, inicia nesta sexta-feira, dia 29 de outubro,com a participação dos membros do Grupo de Pesquisa LEIA.

Dentre as atrações da programação da Feira está a realização do 18º Fórum Gaúcho pela Melhoria das Bibliotecas Escolares, a ser realizado na Feira do Livro em Porto Alegre, localizado na Área Infanto Juvenil da Feira – Armazém A do Cais do Porto, manhã e tarde.


TEMA - Biblioteca Escolar – a maior promoção da leitura

Programação Manhã 9h – 12h

9 h – Inscrições

9h30min – Abertura Oficial com CRB-10, CFB, Câmara Riograndense do Livro, FABICO e FAMURS

10h - Palestra “Aprendendo sobre o Rio Grande do Sul através dos livros” - Paixão Cortez – Patrono da 56ª Feira do Livro

10h30min - Painel – A maior promoção da leitura - Coordenação – Maria da Graça Artioli – Bibliotecária Câmara Riograndense do Livro

10h45min- Relato de Experiência – Ações da Biblioteca do CECLIMAR – Imbé - Bibliotecária Stella Maris do Canto Pivetta

11h30min- “Leitura sem fronteiras" - Marô Barbieri - escritora, professora e contadora de histórias"

Debates

Tarde – 13h 30min – 17h

13h30min- Abertura - Fala do Presidente da Câmara Rio-Grandense do Livro, João Carneiro



14h - Workshop “Plano Municipal do Livro e Leitura - Ações para sua implantação” – com guia prático de implantação do PMLL

Profa. Dra. Lizandra Brasil Estabel (LEIA/FABICO/UFRGS e IFRS); Profa. Dranda. Eliane L. da Silva Moro (LEIA/FABICO/UFRGS); Profª Dranda. Maria do Rocio F. Teixeira (LEIA/FABICO/UFRGS) e Loiva Teresinha Serafini – Bibliotecária Presidente do CRB-10.

Apresentação - Aline Trierweiler de Souza; Paula Fernanda F. Leal e Suelen Bilhar (Acadêmicas do Curso de Biblioteconomia da FABICO/UFRGS)

Ações de livro e leitura já realizadas no município – instrumentos de coleta de dados; Diagnóstico e Informações

Eixos Temáticos :


  • Democratização do acesso ao livro e leitura – Melhoria das Bibliotecas (pública, escolar, ramal, móvel e comunitária);

  • Fomento a Leitura e formação de mediadores;

  • Valorização da leitura e da Comunicação;

  • Apoio à criação e ao consumo de bens culturais.

17h – Encerramento

domingo, 24 de outubro de 2010

Sobre a importância do Braille

Isto É: Comportamento
| N° Edição: 2137 | 22.Out.10 - 21:00 | Atualizado em 24.Out.10 - 13:43

É o fim do braile?

Tecnologias facilitam acesso dos cegos ao conhecimento, mas os afastam da leitura pelo tato

Rodrigo Cardoso

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ATUAL
Giovany Oliveira: computador e braile

Até dezembro, todos os 4.300 alunos com cegueira total do ensino fundamental e médio matriculados nas escolas pú­blicas do País irão receber um laptop com um sintetizador de voz que lê para eles o texto da tela. Dois mil já foram beneficiados e navegam nessa possibilidade, segundo o Ministério da Educação (MEC). Em fevereiro, mais tecnologia será despejada na carteira dos estudantes cegos que cursam do 6º ao 9º anos: uma coleção de 380 obras didáticas no formato digital Daisy. Abreviação para Sistema Digital de Acesso à Informação, a solução tecnológica batizada aqui de Mecdaisy permite ao aluno interagir com o livro digital, podendo pausar, pular ou retornar às páginas e capítulos, anexar anotações aos arquivos da obra e exportar o texto para impressão em braile, o sistema de códigos que possibilitou aos deficientes visuais o acesso à escrita e à leitura a partir do século XIX.

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Embora o braile ainda seja defendido e aplicado pelas instituições de ensino durante a alfabetização, já há correntes de educadores que temem um afastamento dos estudantes com cegueira da leitura feita com os dedos por conta desses dispositivos tecnológicos (leia à pág. 78). “Está ocorrendo uma desbrailização”, afirma o professor de geografia e história Vítor Alberto Marques, do Instituto Benjamin Constant, entidade pioneira para cegos no Brasil. “A criança acha chato ler em braile e está migrando para outras tecnologias”, diz ele.

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O problema foi discutido na convenção anual que a Federação Nacional dos Cegos dos Estados Unidos realizou no ano passado. No evento, painéis com o slogan “ouvir não alfabetiza” foram espalhados para chamar a atenção para um dado alarmante: 90% das crianças americanas com deficiência visual estão crescendo sem aprender a ler e a escrever, segundo o vice-presidente da organização, Fredric Schroeder. Isso ocorre porque estão escravas de inovações como serviços telefônicos que leem jornal e leitura em voz alta de e-mails. “Essas tecnologias promovem um tipo passivo de leitura. Só por meio do braile o cérebro do deficiente visual absorve letras, pontuação e estrutura de textos”, defende Schroeder.

Mas o fato é que, hoje, o braile não reina mais sozinho na sala de aula. No Instituto de Cegos Padre Chico, em São Paulo, que possui 99 alunos carentes e segue a cartilha da Secretaria de Educação do Estado, os estudantes encaram, antes da alfabetização, exercícios que os preparam para o mundo digital. “Incentivamos a utilização do braile por meio de concursos de redação e de leitura”, diz a professora de informática Cynthia Carvalho. “Mas o contato com o computador, entre outras coisas, coloca a pessoa com cegueira em um patamar de igualdade.” Aluno do 5º ano do ensino fundamental, Giovany Oliveira, 11 anos, mostra, com as mãos no teclado, um pouco da sua desenvoltura no computador. O garoto digita na tela que nasceu sem visão e indica as teclas que o permitem ler, por meio de uma voz que sai da caixa de som, palavra por palavra ou a sentença toda. “No computador eu leio escutando. E o braile é legal porque aprendo como se escreve a palavra”, compara.

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O Mecdaisy fará parte do currículo escolar, oficialmente, em 2011, para jovens matriculados a partir do 6º ano. Esse software sonoro de livro digital, porém, só será aplicado nas disciplinas de português, história, geografia, ciências, e línguas estrangeiras. Matemática, física e química, por conta dos símbolos gráficos, seguem sendo ensinadas apenas em braile. Crianças matriculadas até o 4º ano receberão material didático só em braile. Para a deficiente visual Martinha Clarete Dutra dos Santos, diretora de políticas de educação especial do MEC, audiolivros, leitores de tela e livros digitais são, no Brasil, ferramentas complementares no processo de aprendizagem do deficiente visual. “A tecnologia é um elemento de inclusão social no País”, diz. “Mas é preciso cuidado para que não haja uma desbrailização por conta dá má utilização dessas inovações”, pontua Moysés Bauer, presidente da Organização Nacional dos Cegos do Brasil.

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“A tecnologia é um elemento de inclusão social”
Martinha dos Santos, diretora de políticas de
educação especial do MEC

Na convenção da federação dos cegos americanos circularam histórias de crianças que não sabiam o que era um parágrafo, que questionavam o porquê das letras maiúsculas ou o porquê de a expressão “felizes para sempre” ser composta por palavras separadas.

Foram prejudicadas, segundo Schroeder, pelo vício de somente ouvir o que um software reproduz. “Essas tecnologias são sinal de progresso?”, indaga. O estudante Giovany, ao ser perguntado se ainda gostava de ler em braile, confessou, sussurrando: “Todo dia, das 17h às 18h30, tenho de ler um livro em braile para minha mãe. A psicóloga me pediu.” Após descobrir as maravilhas do computador, o garoto não queria saber de outra coisa e dava escândalo se alguém o contrariasse. Um trato, então, foi feito para colocá-lo na linha e manter o gosto pelo braile. Giovany ganhou um computador e só pode usá-lo se cumprir uma rotina de leitura pelo tato. É preciso cuidar para que o desenvolvimento tecnológico não atrapalhe a alfabetização da pessoa com deficiência visual.

Fonte: http://www.istoe.com.br/reportagens/107318_E+O+FIM+DO+BRAILE

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

18 ª REUNIÃO DO FÓRUM GAÚCHO PELA MELHORIA DAS BIBLIOTECAS ESCOLARES

29 de outubro de 2010 – Manhã e Tarde
Feira do Livro de Porto Alegre
Área Infanto-Juvenil da Feira – Armazém A do Cais do Porto Casa do Pensamento
Exposição - Vitrina da Leitura - Biblioteca do Cais - Armazém A do Cais do Porto

Inscrições Gratuitas – 200 lugares
TEMA - Biblioteca Escolar – a maior promoção da leitura
Programação

Manhã 9h – 12h

9 h – Inscrições

9h30min – Abertura Oficial com CRB-10, CFB, Câmara Riograndense do Livro, FABICO e FAMURS

10h - Palestra “Aprendendo sobre o Rio Grande do Sul através dos livros” - Paixão Cortez – Patrono da 56ª Feira do Livro

10h30min - Painel – A maior promoção da leitura - Coordenação – Maria da Graça Artioli – Bibliotecária Câmara Riograndense do Livro

10h45min- Relato de Experiência – Ações da Biblioteca do CECLIMAR – Imbé - Bibliotecária Stella Maris do Canto Pivetta

11h30min- “Leitura sem fronteiras" - Marô Barbieri - escritora, professora e contadora de histórias"

Debates



Tarde – 13h 30min – 17h

13h30min- Abertura - Fala do Presidente da Câmara Rio-Grandense do Livro, João Carneiro

14h - Workshop “Plano Municipal do Livro e Leitura - Ações para sua implantação” – com guia prático de implantação do PMLL
Profa. Dra. Lizandra Brasil Estabel; Profa. Dranda. Eliane L. da Silva Moro; Loiva Teresinha Serafini – Bibliotetcária Presidente do CRB-10
Ações de livro e leitura já realizadas no município – instrumentos de coleta de dados; Diagnóstico e Informações

Eixos Temáticos :

Democratização do acesso ao livro e leitura – Melhoria das Bibliotecas (pública, escolar, ramal, móvel e comunitária);
Fomento a Leitura e formação de mediadores
Valorização da leitura e da Comunicação
Apoio à criação e ao consumo de bens culturais

17h – Encerramento

Convite para Secretários de Educação e Cultura, Dirigentes Municipais Agentes Culturais, Educadores, Bibliotecários e profissionais que atuam na promoção da leitura

Campus Porto Alegre promove o 17º Fórum Gaúcho para a Melhoria das Bibliotecas Escolares

Em parceria com os Conselhos Federal e Regional de Biblioteconomia, o Campus Porto Alegre do IFRS promoveu, na tarde de sexta-feira, 8 de outubro, o 17º Fórum Gaúcho para a Melhoria das Bibliotecas Escolares, no auditório da Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação da UFRGS (Rua Ramiro Barcelos nº 2705, Porto Alegre). Com o tema “Acessibilidade: Biblioteca para Todos”, o evento foi organizado pelos estudantes do Curso Técnico em Biblioteconomia do Campus Porto Alegre.

O diretor geral do Campus Porto Alegre, professor Paulo Roberto Sangoi, e o vice-diretor Júlio Xandro Heck, fizeram parte da mesa de cerimônia na abertura do Fórum. Sangoi falou sobre os desafios que surgiram com o crescimento do número de cursos e alunos da instituição e o projeto de modernizar a biblioteca do Campus Porto Alegre para torná-la uma biblioteca modelo, com acessibilidade a todos.

Na abertura também estavam as presidentes dos conselhos Federal e Regional de Biblioteconomia, Nêmora Rodrigues e Loiva Serafinni, além do diretor da FABICO/UFRGS, professor Ricardo Schneiders da Silva, da vereadora e bibliotecária Fernanda Melchionna e da coordenadora do grupo de pesquisa LEIA, professora doutora Iara Neves.

O público, formado por bibliotecários, professores e estudantes de Biblioteconomia do IFRS e da UFRGS, acompanhou palestras que abordaram assuntos como Biblioteca para Todos, portadores de necessidades especiais e o acesso à informação, além de uma mesa redonda sobre Biblioteca Escolar como espaço de inclusão e acessibilidade.

Dentre as palestras, relatos de experiências e mesa redonda, pode-se destacar a palestra ministrada pelas professoras Eliane Moro e Lizandra Estabel intitulada: Biblioteca para Todos, que apresentou dados sobre inclusão de PNEs no Brasil e na América Latina e sugestões de como tornar a biblioteca um espaço de inclusão e acessibilidade atendendo a TODOS.


O Fórum Gaúcho para a Melhoria das Bibliotecas Escolares foi constituído em 12 março de 2009, Dia do Bibliotecário, com a finalidade de reunir mensalmente autoridades, professores e estudantes para discutir melhorias nas bibliotecas escolares e implementar o Projeto Mobilizador: biblioteca escolar construção de uma rede de informação para o ensino público, proposto pelo Sistema CFB/CRBs.

Fonte: http://www.poa.ifrs.edu.br/?p=7851

sábado, 9 de outubro de 2010

Dia Nacional da Leitura: TODO DIA É DIA DE LER


O Grupo de Pesquisa LEIA da FABICO/UFRGS está participando da Campanha do Instituto EcoFuturo publicando no seu Blog o logo e atuando com ações de Incentivo a Leitura, Formação de Leitores, Formação de Mediadores de Leitura para a Bibliodiversidade, Projeto de Incentivo à Leitura na Prefeitura de Gramado, Projeto Cor@gem no HCPA, entre outras ações.
Para conhecer um pouco mais dos projetos, acesse:

Mais informações sobre o Projeto Todo Dia é Dia de Ler: http://www.dianacionaldaleitura.com.br/2010/index.php/como-participar.html



Brasil celebra o Dia Nacional da Leitura no próximo 12 de outubro

No próximo dia 12 de outubro comemoramos o Dia Nacional da Leitura. A data aproveita o Dia das Crianças para estimular este hábito entre crianças e jovens brasileiros. Muitos municípios desenvolvem, ao longo do ano, projetos de incentivo à leitura e reforço escolar na disciplina de Língua Portuguesa. Os resultados, muitas vezes, impactam os índices de avaliação da educação básica.

O Blog Educação levantou alguns casos de sucesso Brasil afora. A lição é que, com criatividade e um pouco de esforço, é possível criar projetos que mobilizem nossa infância e juventude para a importância da leitura.

Municípios brasileiros desenvolvem projetos para resgatar o prazer em ler entre crianças e jovens

projeto-leitura-miraíUma iniciativa que tem mobilizado os estudantes de Miraí, em Minas Gerais, é o projeto de leitura “Inteligente é assim: tudo que vê, lê”. O objetivo da iniciativa é resgatar o prazer pela leitura dos jovens com base nos grandes nomes da nossa literatura. Os alunos da rede municipal de ensino pesquisam e apresentam trabalhos sobre as obras de grandes escritores como Cecília Meireles, Vinícius de Moraes e Monteiro Lobato.

A Secretária de Educação do município, Maria do Carmo Oliveira e Silva Trota explica que “infelizmente, desde muito tempo, a falta de hábito da leitura tem sido um dos maiores vilões na realidade das escolas de todas as redes”. O projeto de leitura, que comemorou em agosto um ano, tem resgatado o prazer pela leitura e o sucesso entre os alunos é grande. Para registrar os trabalhos dos estudantes, a iniciativa ganhou até um blog. Confira: http://smeducacaomirai.blogspot.com/

Em Niquelândia, interior de Goiás, a leitura também tem entrado na vida de centenas de alunos do Colégio Estadual Coronel Joaquim Taveira. A proposta é trabalhar com metodologias e ações que valorizem os assuntos de interesse dos alunos e, assim, estimulem o prazer pela leitura.

Segundo a diretora da escola, Maristela Aidar, a ideia foi buscar conteúdos que atraíssem os jovens. “Adotamos como primeira etapa uma conversa informal com os estudantes, na qual eles contam quais os tipos de histórias gostam de ler, que tipos de publicações [livros, revistas, gibis etc] têm em casa, se alguém da família costuma ler para eles, entre outras coisas”, conta. “A partir dessas informações, damos início a uma série de atividades abrangendo leitura, interpretação e produção de textos”.

sabor-litário-1Já na Escola Estadual Presidente Roosevelt, em Parnamirim, interior do Rio Grande do Norte, acontece o projeto Cafeteria Sabor Literário. A iniciativa tem levado a comunidade para dentro da escola.

Aproveitando um espaço pouco utilizado no colégio, a diretoria criou uma cafeteria onde, além de saborear os quitutes, os pais e moradores do bairro podem acompanhar apresentações culturais, como teatro, música e poesia produzidas pelos próprios alunos nas aulas de literatura.

O trabalho, que envolveu diversas turmas, é um sucesso na comunidade e já acontece desde 2008, trabalhando inclusive as leituras obrigatórias para o vestibular da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Mobilização na rede

Muitas organizações estão se organizando para criar uma grande campanha de mobilização em favor do estímulo à leitura. Liderada pelo Instituto Ecofuturo, a campanha tem como tema neste ano o conceito “todo dia é dia de ler”.

Em comemoração à data, no dia 12/10, o próprio Instituto Ecofuturo lança a publicação eletrônica “Para que serve a literatura?”, com artigos de vários profissionais das mais diversas áreas do conhecimento. Os interessados poderão acessar o material no site www.dianacionaldaleitura.com.br.

Mais informações: http://www.blogeducacao.org.br/brasil-celebra-o-dia-nacional-da-leitura-no-dia-12-de-outubro/

Projeto O Mundo Mágico da Leitura: Portão/RS

Em escola de Portão, estudantes mais velhos leem histórias para os mais novos

Projeto O Mundo Mágico da Leitura ganhou toda a Escola Municipal Vila Aparecida

Letícia Barbieri | leticia.barbieri@zerohora.com.br

Eles têm nove anos de idade e uma legião de fãs na escola. Os mais novos mal podem esperar pela vez deles. Ficam ansiosos até a terça-feira em que a professora do 4º ano vai bater na porta com seus alunos e perguntar: querem ouvir uma leitura? A vibração é geral. Prontamente, os pequenos do 2º e 3º anos se organizam e saem de mãos dadas com os grandes do 4º ano.

Em duplas, no pátio da escola, eles se entregam aos livros. A história narrada com solenidade pelos mais velhos é ouvida com atenção. Enquanto ela desperta a curiosidade do pequeno, treina a leitura do grande. Ninguém quer ir embora.

– Parece que a gente entra dentro do livro – explica Vitória Krumenauer, nove anos.

Desde que descobriu que a leitura na aula deixava marcas em seus antigos alunos, a professora Alba da Silva percebeu que poderia fazer mais.

– Um dia uma ex-aluna voltou à escola para trazer o filho e em uma carta escreveu que jamais esqueceu do 4º ano, no qual a leitura em sala de aula a fazia sonhar, fantasiar, viajar – emocionada-se a professora.

Do relato nasceu o projeto O Mundo Mágico da Leitura que ganhou toda a Escola Municipal Vila Aparecida, um exemplo de Portão, no Vale do Sinos. Mais do que os grandes do 4º ano e os pequenos do 2º e 3º, o projeto envolve os pais dessas crianças.

Quando chegam em casa, não importa a idade, todos viram contadores de histórias e os ouvintes são eles: o pai e a mãe. Pareceres são feitos por eles à mão e enviados para a escola.

– Apesar de o livro ser bastante longo, a leitura foi fluente, com timbre e pontuação durante todo o tempo – percebeu Adriane Arneche, mãe de Arielle.

O hábito da leitura ultrapassa a sala de aula, chega ao pátio da escola e percorre os corredores e refeitório quando todas as terças-feiras os 98 alunos, seis professores e três funcionários da escola param e dedicam meia hora a livros, jornais e revistas. Vale tudo, o importante é o prazer da leitura ser compartilhado.

– Nós apostamos nessa semente. Hoje, eles leem para os colegas, amanhã poderão ler para os seus filhos – acredita a diretora da escola, Elza Pereira.

Fonte: ZERO HORA